Monday, January 29, 2007
A ouvir...
O regresso dos Bloc Party...eles têm mesmo "quelque chose"...
"Weekend in the City foi inspirado pelo interesse do vocalista Kele Okereke naquilo que chama “o barulho vivo da metrópole”...
Para mim, o que marca mesmo os Bloc Party é a autencidade e descarga energética com que fazem música e é isso que faz com que a música por eles tocada, tenha mesmo uma vida e linguagem própria.
Parece que captam mesmo todos os "barulhos vivos" ..e eu já tinha saudades de ver garra a revirar o quotidiano...
Obrigatório ouvir...
"Weekend in the City foi inspirado pelo interesse do vocalista Kele Okereke naquilo que chama “o barulho vivo da metrópole”...
Para mim, o que marca mesmo os Bloc Party é a autencidade e descarga energética com que fazem música e é isso que faz com que a música por eles tocada, tenha mesmo uma vida e linguagem própria.
Parece que captam mesmo todos os "barulhos vivos" ..e eu já tinha saudades de ver garra a revirar o quotidiano...
Obrigatório ouvir...
Sunday, January 28, 2007
A tela dos lençóis...
Sem data, está marcado um regresso.
Uma cama feita com lençóis com poemas escritos à mão.
Uma cama feita com lençóis com poemas escritos à mão.
Eles esperam por ti e mesmo que eu já não esteja, quem quer que tu sejas, há um espaço onde te podes deitar e conheceres muito mais de mim, do que mesmo se tivesse a teu lado.
Lê cada poema, fui eu que escrevi. Lê devagarinho, tens todo o tempo, mesmo antes de me afeiçoares ou me dares um beijo, lê…foram escritos para ti.
Roubei ao mundo para te dar. Colhi tudo o que pude ver.
Lê cada poema, fui eu que escrevi. Lê devagarinho, tens todo o tempo, mesmo antes de me afeiçoares ou me dares um beijo, lê…foram escritos para ti.
Roubei ao mundo para te dar. Colhi tudo o que pude ver.
Saqueei estações de comboio, de metro, ruas, cafés, praças, corredores, casas, vozes, palavras, conversas de mesa, luzes.
Tornei como meus os cardápios, passagens em calçadas, avisos puxados por avionetas, pedaços de jornais, símbolos, fotografias, marcas deixadas pelas solas de sapato, o tempo nos relógios, o barulho das máquinas de café, a chuva, as partículas de pó que iluminadas pelo sol formam os seus raios, as faces da lua, pétalas, poças de água e todos os grafismos que são deixados nas paredes da cidade…
Impus aos meus sentidos tudo o que por mim passava e tudo passei a limpo para poemas que esperam nos lençóis por ti.
Sim, escrevi em poemas, pois penso ser a forma mais bela de roubarmos ao mundo e devolvê-lo a alguém, a quem quer que seja.
Não fosse a beleza, não deixaria que as manhãs me coagissem para mais um dia…um dia agendado sem data, para um qualquer regresso.
E se puderes e encontrares algum espaço em branco na tela dos lençóis, faz por me lembrar que passaste por cá.
Acomodar-me-ei às tuas palavras.
Tornei como meus os cardápios, passagens em calçadas, avisos puxados por avionetas, pedaços de jornais, símbolos, fotografias, marcas deixadas pelas solas de sapato, o tempo nos relógios, o barulho das máquinas de café, a chuva, as partículas de pó que iluminadas pelo sol formam os seus raios, as faces da lua, pétalas, poças de água e todos os grafismos que são deixados nas paredes da cidade…
Impus aos meus sentidos tudo o que por mim passava e tudo passei a limpo para poemas que esperam nos lençóis por ti.
Sim, escrevi em poemas, pois penso ser a forma mais bela de roubarmos ao mundo e devolvê-lo a alguém, a quem quer que seja.
Não fosse a beleza, não deixaria que as manhãs me coagissem para mais um dia…um dia agendado sem data, para um qualquer regresso.
E se puderes e encontrares algum espaço em branco na tela dos lençóis, faz por me lembrar que passaste por cá.
Acomodar-me-ei às tuas palavras.
A ouvir: Bright Eyes: Don´t Know When but a Day is Gonna Come
Thursday, January 25, 2007
Com um pedaço de pano...
Uma casa e uma árvore construídas pela rugosidade do tempo.
Uma janela traz a clareza para respirar e de um cortinado faço um pano para colorir as violetas que lá fora rasgam a terra.
Tenho também uma cadeira que faz de baloiço, onde me costumo sentar e de vez em quando vendo os olhos e solto as palavras que fogem pela escuridão das pálpebras.
Não tenho muitos objectos em casa, tenho manchas de todas as cores e essências e com o céu faço um tapete azul onde me estendo.
Tenho um cesto onde guardo truques e todas as oferendas perdidas e achadas em viagens.
E lá fora, um estendal onde se penduram pedaços de nós colhidos em frases e se estende o charme guardado num bolso para o mundo.
No jardim uma pá de areia para construir ideias, moldadas pela verdade e transparência das palmas das mãos que de tão encobertas são tão luminosas.
A ouvir: Brian Kelly "She is dancing"
Tuesday, January 16, 2007
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oki, agora divirtam-se...ou entao não;)...
A ouvir: Stina Nordenstam "Parliament Square"
Friday, January 12, 2007
O Parto de Uma Viola
Parece que hoje o crepúsculo baixa à Terra, move-se entre árvores e campos e pinta telhados.
Pinta telhados e bofeja as casas de entradas que delas não se desamarram, tal casita clara de sete portas e três janelas que se dilui na paisagem.
Dentro da casita, uma viola dá à luz, pariu a natureza em forma de sons... nasce um pato, um violino e um insecto.
Nos campos cavaleiros continuam a percorrer o mundo, continuam a ser perseguidos pelas formas e cores desfiguradas pela velocidade da viagem... os musculos contraem-se e esmagam sangue.
E a casa...a casa, perpetua a construção de tentáculos que abraçam castelos, pontes, entradas...tentáculos que libertam montanhas.
" A arte tal como a sinto é um produto emotivo da natureza." " Ninguém deixa de fazer uma obra de arte intensa por falta de técnica mas sim por falta de intensidade" Amadeo de Souza-Cardoso
Uma tarde de escrita com o Next- Art na exposição de Amadeo Souza-Cardoso...
A ouvir: Cibelle "Arrête Là, Menina"...que bem que me soube ouvir no planeta 3, no domindo à noite, regresso a Lisboa
Saturday, January 06, 2007
O albergue das coisas...
Sirius...Sirius é a estrela que mais brilha… no Egipto há 3750 antes de Cristo, alinhava-se com a estrela Canopus no rumo Sul ao centro da Via-Láctea exactamente às 24 horas sobre as Pirâmides de Guiza. E até os dias de hoje, anuncia um novo ano...
Apesar de esta luz não ser esta a estrela de Sirius e apenas resultado da má definição da câmara de um telemóvel… foi uma luz brilhante, confortável, construtiva à chegada dos nossos passos numa das noites viajante pelos dias do ano que passou... ou melhor dizendo do ano que continua…a natureza é movida por ciclos e continuidades…
“ O céu e a terra são o albergue da passagem de todas as coisas. O tempo é o hóspede em trânsito de todas as gerações. Que alegrias podemos ter se flutuamos na vida como um sonho?
Boas razoes tinham os antigos para, empenhando tochas, até à noite para aproveitarem para viajar”….
“Compreendi que o passado não pode ser corrigido mas sei também que o futuro pode ser bem aproveitado. Na realidade o caminho em que me perdi não era muito longo. Sinto que hoje estou certo e ontem estava errado”…
“Compreendi que o passado não pode ser corrigido mas sei também que o futuro pode ser bem aproveitado. Na realidade o caminho em que me perdi não era muito longo. Sinto que hoje estou certo e ontem estava errado”…
“Desenrolamos esteiras requintadas e, sentados entre as flores, passamos taças de vinho e embriagamo-nos sob a lua”
“ Se alguém houver que não seja capaz de escrever um poema terá de ser castigado segundo as regras do Jardim Jin-Gu, pagando uma multa de três copos de vinho”…..
(Jardim Jin Gu- um jardim onde se organizavam banquetes para os convidados comporem versos.)
“ Se alguém houver que não seja capaz de escrever um poema terá de ser castigado segundo as regras do Jardim Jin-Gu, pagando uma multa de três copos de vinho”…..
(Jardim Jin Gu- um jardim onde se organizavam banquetes para os convidados comporem versos.)
Excertos retirados da colectânea " O Rosto do Vento Leste"...um grande beijinho de obriiigado para a Ana Mage ;)...
A ouvir: The Shins- A Comet Appears