Sunday, January 28, 2007
A tela dos lençóis...
Sem data, está marcado um regresso.
Uma cama feita com lençóis com poemas escritos à mão.
Uma cama feita com lençóis com poemas escritos à mão.
Eles esperam por ti e mesmo que eu já não esteja, quem quer que tu sejas, há um espaço onde te podes deitar e conheceres muito mais de mim, do que mesmo se tivesse a teu lado.
Lê cada poema, fui eu que escrevi. Lê devagarinho, tens todo o tempo, mesmo antes de me afeiçoares ou me dares um beijo, lê…foram escritos para ti.
Roubei ao mundo para te dar. Colhi tudo o que pude ver.
Lê cada poema, fui eu que escrevi. Lê devagarinho, tens todo o tempo, mesmo antes de me afeiçoares ou me dares um beijo, lê…foram escritos para ti.
Roubei ao mundo para te dar. Colhi tudo o que pude ver.
Saqueei estações de comboio, de metro, ruas, cafés, praças, corredores, casas, vozes, palavras, conversas de mesa, luzes.
Tornei como meus os cardápios, passagens em calçadas, avisos puxados por avionetas, pedaços de jornais, símbolos, fotografias, marcas deixadas pelas solas de sapato, o tempo nos relógios, o barulho das máquinas de café, a chuva, as partículas de pó que iluminadas pelo sol formam os seus raios, as faces da lua, pétalas, poças de água e todos os grafismos que são deixados nas paredes da cidade…
Impus aos meus sentidos tudo o que por mim passava e tudo passei a limpo para poemas que esperam nos lençóis por ti.
Sim, escrevi em poemas, pois penso ser a forma mais bela de roubarmos ao mundo e devolvê-lo a alguém, a quem quer que seja.
Não fosse a beleza, não deixaria que as manhãs me coagissem para mais um dia…um dia agendado sem data, para um qualquer regresso.
E se puderes e encontrares algum espaço em branco na tela dos lençóis, faz por me lembrar que passaste por cá.
Acomodar-me-ei às tuas palavras.
Tornei como meus os cardápios, passagens em calçadas, avisos puxados por avionetas, pedaços de jornais, símbolos, fotografias, marcas deixadas pelas solas de sapato, o tempo nos relógios, o barulho das máquinas de café, a chuva, as partículas de pó que iluminadas pelo sol formam os seus raios, as faces da lua, pétalas, poças de água e todos os grafismos que são deixados nas paredes da cidade…
Impus aos meus sentidos tudo o que por mim passava e tudo passei a limpo para poemas que esperam nos lençóis por ti.
Sim, escrevi em poemas, pois penso ser a forma mais bela de roubarmos ao mundo e devolvê-lo a alguém, a quem quer que seja.
Não fosse a beleza, não deixaria que as manhãs me coagissem para mais um dia…um dia agendado sem data, para um qualquer regresso.
E se puderes e encontrares algum espaço em branco na tela dos lençóis, faz por me lembrar que passaste por cá.
Acomodar-me-ei às tuas palavras.
A ouvir: Bright Eyes: Don´t Know When but a Day is Gonna Come