Friday, August 03, 2007

 

Para contar...


Carta# 3

Pensei em inúmeros casos para te contar.
Ouço o barulho das máquinas, à minha frente tenho uma grua de ideias…
As luzes tornam a vista muito mais bela e acolhedora…
Sinto a minha cabeça de novo muito pesada….sinto que os meus pensamentos se acusam mutuamente, lutam uns contra os outros, mas empatam…nada se resolve…não vejo uma abertura no meu saco de decisões…continua fechado pronto a ser incinerado por uma alucinação qualquer que entretanto decida por mim.
São vozes que me abrem ao espaço, são melodias que me encantam neste céu negro nocturno onde nada mais se ouve a não ser o respirar contínuo do mundo para mais um dia.
O sol levou o passado para longe para o espaço ausente de existência, para o arrastar antigo das lembranças.
És tu lua, a minha eterna companheira de paisagens nocturnas a que chamo para junto de mim.
As tuas sombras são indistintamente belas, mereciam que as visitasse.
Eu jurei que um dia iria ser uma fada e conseguiria deambular pelas noites com uma varinha. E uma promessa a cumprir…apenas não sei a hora exacta, mas não faltarei ao meu compromisso.
Arrasam-se os tempos…e difícil controlá-los. Se eu bradar trarei pausadamente a loucura intima das horas, escolherei as palavras certas como que uma inspiração natural da certeza que não se questiona por tão pura que é entre as pedras que vou recebendo.. e que me confundem num bailar interminável de contextos onde a fera está escondida e apanha-me constantemente desprevenida.
Toda a verdade resume-se a beleza.
Toda a beleza resume-se a verdade de sentimentos e algum sorriso.


A ouvir: Morphine "I´m free now"; Lou Barlow "Legendary"

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