Wednesday, June 27, 2007
Instalação # 2
Descobrimos um quarto pintado de preto com linhas verdes e amarelas fluorescentes desenhadas no chão que quando começamos a andar apagam-se e não sabemos bem para onde ir, se estariamos em caminhos certos... Andámos então colocando o minino de vezes os pés no chão.
Está então desenhada a rota em forma de porta aviões como num jogo da batalha naval. Somos vários, continuámos a seguir os pontos, chocamo-nos e uma luz vermelha acende-se... vemos Marte junto de nós pelas enormes janelas, cobertas de cortinados pretos.
Todos sorrimos, as nossas faces com o reflexo vermelho e os olhos brilhantes. Ficamos horas enrolados naqueles cortinados pretos a ver Marte. Toda a noite e mais um dia...Descobrimos mais tarde que naquele quarto não se faziam dias, apenas noites. Quando nos levantámos deixamos os panos pretos deixados ao acaso no chão, como pequenos montes e ao sairmos vimos que ganharam a cor das faixas fluorescentes do chão. Neles ficaram desenhados vários porta aviões. Chegamos ainda a vê-los pendurados nas janelas. Contam que dantes haviam ficado negros porque os antigos visitantes não conseguiram neles ver porta aviões.
Saímos e deu-nos vontade de correr entre as entradas dos demais quartos. Atiramo-nos contra as paredes, exploramos aquele sitio intermédio, ponto neutro entre os quatros que ainda nos faltava entrar...exploramos de quantas maneiras pudemos experimentar. Deixamos a palma invisível da nossa mão marcada nas paredes, deixamos o nosso corpo lentamente cair pela parede, despimo-nos e sentimos o frio e o rugosidade do chão enquanto sorriamos uns para os outros e nos imaginavamos outras pessoas.
Acabamos por dormir um pouco... Uns deitados, outros encostados nas paredes apoiados uns nos outros.
De um dos quartos ouve-se um zumbido e um de nos começa a assobiar. Compõe-se uma musica, é traçado um ritmo, mas nenhum de nós larga a anterior posição, continuamos sentados ou deitados. Estamos com medo. Estamos um pouco cansados. Naquele momento bastava bastarmo-nos uns aos outros.
Saímos e deu-nos vontade de correr entre as entradas dos demais quartos. Atiramo-nos contra as paredes, exploramos aquele sitio intermédio, ponto neutro entre os quatros que ainda nos faltava entrar...exploramos de quantas maneiras pudemos experimentar. Deixamos a palma invisível da nossa mão marcada nas paredes, deixamos o nosso corpo lentamente cair pela parede, despimo-nos e sentimos o frio e o rugosidade do chão enquanto sorriamos uns para os outros e nos imaginavamos outras pessoas.
Acabamos por dormir um pouco... Uns deitados, outros encostados nas paredes apoiados uns nos outros.
De um dos quartos ouve-se um zumbido e um de nos começa a assobiar. Compõe-se uma musica, é traçado um ritmo, mas nenhum de nós larga a anterior posição, continuamos sentados ou deitados. Estamos com medo. Estamos um pouco cansados. Naquele momento bastava bastarmo-nos uns aos outros.
O zumbido termina e decidimos nos levantar. Seguimos em direcção a esse quarto e sem sabermos bem porque razão, parecia-nos um quarto mais familiar. Cada um de nos imaginou nele uma cama, uma secretária, cortinados suaves, um candeeiro de luz suave.
Alguém tenta acender a luz, mas não consegue. O quarto não tem luz.
Alguém tenta acender a luz, mas não consegue. O quarto não tem luz.
.....
A ouvir: Antony and The Johnsons "Hope there´s someone"